segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Diário de um Sobrevivente

Dia 1

Caro leitor. Comecei a escrever um diário pois não acho saudável continuar a esquecer o que fiz e ,segundo um amigo, me ajudara a sobreviver os dias de hoje. Começarei com uma breve introdução sobre o como mundo se encontra. O mundo está morto. Um vírus transmitido pelo contato com os fluidos do infectado varreu a face da Terra. Alguns diziam ser o Apocalipse, outros afirmavam que ET tinham vindo reivindicar o planeta, ainda há aqueles que acham que o Aquecimento Solar soltou tal vírus; particularmente acredito que a Umbrella Corporantion exista e tenha feito cagada. O fato é: todo mundo morreu. O problema foi... Que eles não permaneceram mortos.

Os vírus animou seus corpos. O único instinto que os Infectados (que é como os chamam) tem é o de se alimentar de DNA humano fresco. Os animais não foram tocados e a natureza reclamou de volta sua terra. Os poucos sobreviventes que restaram estão por ai, espalhados e tentando encontrar um lugar seguro.

Eu não acredito que tal lugar exista.


Dia 3

Estou em Limeira, uma cidade perto de Ribeirão Preto. Não vou me demorar muito nela, captei uma transmissão de rádio enquanto estava indo para Mina Gerais. Sobreviventes, um bom numero deles, estavam escondidos na penitenciaria. Fazia sentido... Fui até lá para checar... Encontrei portas arrebentadas e suprimentos escassos. Eles foram tranformados... Encontrei também algumas armas e munição: ótimo, estava precisando recarregar. Sai da cidade o mais rápido possível, um numero pequeno, porem ameaçador, de infectados já me perseguia. Sai de lá ileso.

Mas com o coração pesado.

Dia 6

Cheguei em Minas, estou em Divinópolis. Esperava encontrar um amigo, quando fui até a casa dele encontrei um bilhete: Saímos da cidade, ela não é segura. Estamos na estrada, ajuda é bem-vinda. Tipico dele e com sua letra também, reprimo meu sentimento de felicidade e esperança. Não preciso deles por enquanto. Dois infectados arrombaram a porta, não pisquei, dois tiros e os corpos estavam no chão. Parece que os filmes estavam certos: destruir o cérebro deles realmente os paralisa. O lema de todo sobrevivente é a famosa frase de Leon S Kennedy.

Shoot them in the head.

Aos Outros



Dizem que a decepção e a tristeza tem um gosto amargo na boca, discordo, para mim elas têm um gosto suave e salgado. Este vindo da lágrimas que chegam aos meus lábios.
Porém o que ousa decepcionar um lutador?
Serão suas quedas ou seus amores?Acho que não, esses teriam gosto de desespero, mas o que então?
Alguém já ouviu falar de hipocrisia?
É, aposto que já, aos que a desconhecem apresento uma versão do dicionário : “ Vício que consiste em aparentar uma virtude, um sentimento que não se tem.
Fingimento, falsidade.”
Entretanto isso decepcionaria o lutador? Já que aos acostumados a essa vida sabem : todos vestem máscaras para serem o que não são.
Então o que?
A hipocrisia de que 'os outros' são 'os outros' quando se é gay, quando se descobre doente, quando há mortes inesperadas,quando as pessoas tem que se mudar, engraçado se 'os outros' tem um gênio na família, se ganha na loteria, ou abre uma empresa, 'os outros' agora são um espelho a ser refletido e não mas 'outros'.
Estranho, né? Não, só hipócrita mesmo.
E o lutador cansado de o ser simplesmente segue o jogo sorrindo e acenando, hipocritamente também, pois sua vontade era de gritar a falsidade que tanto o decepciona.
Já ouvi falar que uma das maiores virtudes é saber sorrir quando na verdade se tem vontade de chorar. Será mesmo?
"Para quem está no fundo do poço , na escuridão total, um vagalume é um farol"

domingo, 23 de janeiro de 2011

Back at Wonderland


Lá no Pais das Maravilhas está tudo calmo... Reino soberano ao lado de minha Rainha... Pessoas são apagadas com um simples gesto, rotas são alteradas com um pensamento, passados apagados ao luxo e futuros magníficos sempre nos aguardam.
Lá no Pais das Maravilhas batalho ao lado de meus amigos e irmãos, venço guerras atrás de guerras, tiranos são depostos, há sempre um final feliz.
Lá no Pais das Maravilhas magia existe e se faz presente, anjos e demônios ainda lutam e vampiros e lycans custam a se ajustar.
Lá no País das Maravilhas é tudo prefeito...
Mas e fora do meu País das Maravilhas? Será que é tudo assim?
Não. Nem tudo é perfeito... Então me vejo correndo cada vez mais para dentro do reino.
Me assusto com os monstros reais... Os vestibulares, mudanças e amigos que somem...
Então corro para meu Pais das Maravilhas... Me afogo em ilusões...
Mas essas ilusões não são mais o suficiente...
E enquanto espero pelos grandes momentos da minha vida vou lentamente deixando meu País...
Escrevendo seus histórias de heróis, vilões, guerras, amores e amizade.
Enquanto ouço meu Chapeleiro Maluco, delirando sobre as grandes questões do mundo...
Sorrio como o Gato, que lança-me seu sorriso macabro...
E volto-me para o mundo.
É hora de construir meu novo País das Maravilhas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Descoberta do Tempo




Dizer adeus, uma atitude que pode nos fazer notar que o tempo passa. Sim é clichê falar do tempo, mas quando percebemos isso na nossa vida é assustador, mesmo que seja tão simplório.
Dizer Adeus a uma escola, a uma casa, aos amigos, a um amor,
a uma vida inteira que muda é realmente apavorante.
Quando eu me dei conta disso, senti um desespero uma vontade de agarrar todas aquelas lembranças que pareciam escorrer entre meus dedos.
Depois veio a tristeza, lágrimas teimosas que não queriam parar.
E finalmente a saudade, palavra brasileira que significa muito mais do apenas sentir falta, essa que quando a sinto o coração doí e se aperta.
Refletindo nessa dor a procura de meu vaga-lume, noto o obvio novamente só se sente saudade do que foi bom, e essa é a prova de que o tempo passado não foi em vão e valeu a pena.
Por mais que se tenham havido problemas sem aparente solução, a saudade mostra que teve algum sentido.
Então quero a manter como algo bom, para me lembrar disso,entretanto essa é outra luta diária para não sucumbir as lágrimas e lamentar tal saudade, que vem do adeus.
Por que esse adeus é um novo e inexplorado começo, que traz consigo o pavor do futuro e a dor do passado. Difícil? Complicado? Pode ser, mas é só a vida e seus ciclos em todo sua complexidade.
Assim com um vaga-lume por perto , uma caixa na mãos e ao som de grilos,
simplesmente sigo em frente e ao nascer de cada dia volto as minhas lutas diárias.


N/A: Texto dedicado a todos que encheram minha caixa, e a uma casa na rua Heitor Chiarelo 676 que também faz parte de minhas lembranças.
Feliz Ano Novo leitores!
Ps: Quem não entendeu alguma parte do textos deve ler os outros desse blog pela inter textualização que faço com eles.

"Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vagalume é um farol"