domingo, 21 de abril de 2013

Transcrições de Cadernos Antigos

O que fazer?
Quando se quer desistir do caminho que segues, mas não vês opção?
És uma estrada de mão única para frente, e para trás não há por onde voltar. O caminho que o levou até ali foi demolido, não há como voltar ao passado.
A opção é continuar seguindo, e seguindo e seguindo até encontrar sentido novamente.
Aquela chama de esperança que o levou a esse caminho sem volta.
Esperar e continuar esperando, esperando e esperando. Até que ela volte a brotar no coração.
Devo correr?
Carta de quem tem a chama morna, e que não quer deixar ela se apagar e andar na escuridão.
Caos
Chaos
Caos             Serví-lo-ei ou
Chaos          serve-me- ai?
C-a-o-s
C-h-a-o-s


Divagações são as confissões da alma, os delírios da mente e as tentações do coração. Cuidado. Perder-se nelas é a possibilidade de encontrar seu pior carrasco :  a si mesmo.

"Para quem está sozinho, na escuridão total, um vaga-lume é um farol"
Texto feito no 2° semestre de 2012

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Água Contida


E você vai guardando dentro de si,

Tudo o que não quer ver, tudo o que não quer que ninguém veja

Toda Dor

Todo Desespero

Toda Angústia

Todo Sofrimento

Você guarda, aos poucos, e cada vez

e mais e mais

Até que chega em um ponto aonde você não vê quando isso começou

E nem consegue ver aonde isso vai ter fim

Perdido nesse mar represado águas escuras

Será que conseguirei não me afogar? Que vou conseguir nadar para fora daqui

Será q a luz do vaga-lume consegue atingir águas turvas?

Tenho que acreditar que sim

Quero acreditar que sim

Porque vou guardando mais e mais...

“Para quem está no fundo do poço, na mais completa escuridão, um vaga-lume é um farol”

Texto dedicado a todos meus que tem água contida em seus corações, que eles não cheguem a esse ponto ou que que a luz do vaga-lume sempre os alcance

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O expectador de Peter Pan


Para onde vai, ó grande Peter? Por que corre? Por que voa? Por que não cresce? Onde estão suas conquistas, suas vontades? Onde está seu tesouro? Sua Sininho e sua Wendy?
Por que não cresce, ó pequeno Peter? Não evolui, não anda para frente, não se transforma?
Por que és garoto, Peter, por que és garoto.
Para onde foram suas lagrimas? Seu sentimentos? Por que és oco?
Por que foges, escondes, desrespeita, afasta?
Para onde vais? Quem és? Por que não responde as perguntas?

És mudo, cego e surdo.
És criança, tola e burra.
És pequeno, fraco e indefeso.
És feio, indigesto e suculento.
És oco, vazio e negro.
Um mero expectador de tudo o que lhe acontece.
Uma mera criança que não desejar crescer,
uma mera criança que não vai vingar.
Eres uma semente morta, plantada em planície estéril.
És a visão do cego.
És o calor do abismo.
És o rumo dos tolos.

Para onde vais? Ó pequeno Peter

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Given Up

Should I just give up? Pretend it was ok, that I did everything I could to protect something precious to me? Should I focus on the real things, the real challenges, the real friends, the real life?
Or I am just fooling myself by writting this? Will I ever recover from another give up?
Is there a reason to fight? A hero to be? A person to discover?
Or just a big hole, where should be just lying my hearth...
Shoul I just give up?

domingo, 2 de outubro de 2011

São como se tudo fosse em vão

São como facas
Facas que entram em meu peito
Facas que nublam meu pensamento
Facas que se alimentam de meu anseio

São como dias de chuva
Um belo e terrível acontecimento
Um apagão de meu esclarecimento
Um manhã de sol perdida

São como pérolas aos porcos
Pensamentos indigeridos
Ideias jogadas ao relento
Falas que não quero proferir

São como minha confiança
Traída, jogada, rasgada
Moída, triturada, desdenhada
Perdida

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Manifesto dos Sem-coração



Tenho vontades, tenho sonhos, tenho desejos e acima disso não tenho uma coração.
Ele me escapa, foge, se esconde, arma-se, fica de tocaia e não volta.
Sem ele minhas vontades enfraquecem, caem famintas no chão estéril dos campos de asfódelos.
Quero voltar a viver, mas não posso, não consigo, tenho preguiça. Não vivo.
Quero voltar a sonhar, mas não consigo, me escapam em mais um vórtex insano. Não sonho.
Quero ver a luz, mas ela é distante, cansativa, doem-me os olhos. Não vejo a luz.
Anseio pelas trevas, mas eles não são presentes, não me confortam. Não descanso.
Anseio por mudança, mas elas demoram, se arrastam e morrem. Não mudo.
Anseio por liberdade, mas o ideal não me acude, não me conforta. Não sou livre.
Estou sem coração, sem vontades, sem energia, sem nem trevas a me tragar.
Sou um Sem-coração e assim vivo... Um eterno grito de desespero entalado na garganta.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Uma Flor Roxa


Sabem pra mim o amor é como uma flor, pra nascer basta uma sementinha
Mas para crescer precisa de cuidados, pra poder criar raizes e perdurar
Se ela for deixada ao leu, sem nenhum aprecio pode ser ums bela especime
E mesmo assim irá começar a murchar, pouco a pouco
Lutando pela vida
E mesmo abandonada se agarra as gotas de água que caem sobre si
Tentando mas do que tudo se manter
Esse esforço pode durar mais algum tempo, porém logo logo
Ela não irá aguentar mais e se cansará de lutar deixando seu ciclo recomeçar
A esperança ainda resta, já que dizem que ela é a última que morre
Ainda que não tenha mais muito tempo, não malcuidada desse jeito
Quem sabe a chuva ainda virá?
Enquanto isso essa flor espera, sem mais cor nem brilho
Mas viva...
"Coração masoquista por que não para de se ferir? Quem sabe não quer afogar as esperanças em seu sangue"
"Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vagalume é um farol"