terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Água Contida


E você vai guardando dentro de si,

Tudo o que não quer ver, tudo o que não quer que ninguém veja

Toda Dor

Todo Desespero

Toda Angústia

Todo Sofrimento

Você guarda, aos poucos, e cada vez

e mais e mais

Até que chega em um ponto aonde você não vê quando isso começou

E nem consegue ver aonde isso vai ter fim

Perdido nesse mar represado águas escuras

Será que conseguirei não me afogar? Que vou conseguir nadar para fora daqui

Será q a luz do vaga-lume consegue atingir águas turvas?

Tenho que acreditar que sim

Quero acreditar que sim

Porque vou guardando mais e mais...

“Para quem está no fundo do poço, na mais completa escuridão, um vaga-lume é um farol”

Texto dedicado a todos meus que tem água contida em seus corações, que eles não cheguem a esse ponto ou que que a luz do vaga-lume sempre os alcance

Um comentário:

  1. Será que sair do fundo das águas é tão fácil quanto se imagina?
    Imagine estar afundado, perdido, e de tanto que se perdeu, se acostumou a escuridão, se acostumou a não ver o mundo externo, se acostumou a ignorar as oportunidades...
    Se acostumou a ser infeliz.
    E de repente do nada, resolver sair dessa situação.
    Ver a luz externa, ver o mundo, ver tudo que continuou passando...
    E de felicidade mergulhar de cabeça em tudo, até que suas forças esgotem.
    E quando voltar ao descanso, perceber que esses momentos de serenidade te sussurram para voltar pro abismo.
    Sussurros sedutores de que o descanso está lá...
    Que você não aguenta o mundo mais
    Que você nào suporta a pressão
    Que você não merece a felicidade que experimentou...

    Sair do abismo é mais dificil que se imagina...
    Mas não estou sozinho, senão não teria saido...

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