terça-feira, 25 de outubro de 2011

O expectador de Peter Pan


Para onde vai, ó grande Peter? Por que corre? Por que voa? Por que não cresce? Onde estão suas conquistas, suas vontades? Onde está seu tesouro? Sua Sininho e sua Wendy?
Por que não cresce, ó pequeno Peter? Não evolui, não anda para frente, não se transforma?
Por que és garoto, Peter, por que és garoto.
Para onde foram suas lagrimas? Seu sentimentos? Por que és oco?
Por que foges, escondes, desrespeita, afasta?
Para onde vais? Quem és? Por que não responde as perguntas?

És mudo, cego e surdo.
És criança, tola e burra.
És pequeno, fraco e indefeso.
És feio, indigesto e suculento.
És oco, vazio e negro.
Um mero expectador de tudo o que lhe acontece.
Uma mera criança que não desejar crescer,
uma mera criança que não vai vingar.
Eres uma semente morta, plantada em planície estéril.
És a visão do cego.
És o calor do abismo.
És o rumo dos tolos.

Para onde vais? Ó pequeno Peter

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Given Up

Should I just give up? Pretend it was ok, that I did everything I could to protect something precious to me? Should I focus on the real things, the real challenges, the real friends, the real life?
Or I am just fooling myself by writting this? Will I ever recover from another give up?
Is there a reason to fight? A hero to be? A person to discover?
Or just a big hole, where should be just lying my hearth...
Shoul I just give up?

domingo, 2 de outubro de 2011

São como se tudo fosse em vão

São como facas
Facas que entram em meu peito
Facas que nublam meu pensamento
Facas que se alimentam de meu anseio

São como dias de chuva
Um belo e terrível acontecimento
Um apagão de meu esclarecimento
Um manhã de sol perdida

São como pérolas aos porcos
Pensamentos indigeridos
Ideias jogadas ao relento
Falas que não quero proferir

São como minha confiança
Traída, jogada, rasgada
Moída, triturada, desdenhada
Perdida