Para onde vai, ó
grande Peter? Por que corre? Por que voa? Por que não cresce? Onde
estão suas conquistas, suas vontades? Onde está seu tesouro? Sua
Sininho e sua Wendy?
Por que não cresce, ó
pequeno Peter? Não evolui, não anda para frente, não se
transforma?
Por que és garoto,
Peter, por que és garoto.
Para onde foram suas
lagrimas? Seu sentimentos? Por que és oco?
Por que foges,
escondes, desrespeita, afasta?
Para onde vais? Quem
és? Por que não responde as perguntas?
És mudo, cego e surdo.
És criança, tola e
burra.
És pequeno, fraco e
indefeso.
És feio, indigesto e
suculento.
És oco, vazio e negro.
Um mero expectador de
tudo o que lhe acontece.
Uma mera criança que
não desejar crescer,
uma mera criança que
não vai vingar.
Eres uma semente morta,
plantada em planície estéril.
És a visão do cego.
És o calor do abismo.
És o rumo dos tolos.
Para onde vais? Ó
pequeno Peter