sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano que vem...



Ano que vem vai ser diferente
Por que tudo vai ser diferente!
Novos amigos, casa, comida, hábitos!
Enfim... vai ser diferente.

Vou estudar para depois beber e esquecer
Escutar outras musicas, ver outras pessoas
Namorar outra garota, brigar com a mesma mãe...
Zoar com os mesmos e novos amigos...

Enfim... vai ser diferente.
Mas todo ano tudo é diferente!
É uma nova experiencia... Uma nova pessoa!
Novas lições para apreender e velhas para lembrar!

Vou passar no vestibular, ir viajar!
Vou perder a virgindade e gozar!
Vou beber loucamente e fazer merda.
E depois ouvir o sermão interminável com aquela dor de cabeça!

Aos velhos! Um abraço, manterei contato...
Aos novos! Prazer em conhecê-los...
Ano novo, vida nova!
Ano velho... Lembranças novas!


Até 2010! você foi muito bom para mim, assim como foi para muitas pessoas.
E olá 2011! Olha você vai ter bastante trabalho para ser melhor que 2010, mas com um pouco de ajuda eu sei que você consegue...

FELIZ ANO NOVO!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Rua Heitor Chiarello 676

Ontem fiz uma coisa difícil... Não, não terminei com a namorada, não briguei com a minha mãe, não me declarei e nem fiquei sem comer chocolate. Foi algo muito mais difícil. Me despedi de uma casa. Uma casa que conheci minha vida inteira, a primeira rua que decorei o nome. Rua Heitor Chiarello 676. A casa por onde tanto andei. E enquanto passeava pelos cômodos, já vazios e desprovidos de pessoas ou móveis, senti um aperto no meu peito. Mas o tipo de aperto saudável, aquele que se sente quando se despede de um amigo que passou no vestibular, ou do pai que beija a filha na testa uma ultima vez antes de entregá-la ao noivo,ou ainda o aperto de uma mãe ao ver o filho deixar a casa. Por cada comodo vazio que andava eu parava e fechava os olhos. E em cada comodo vazio eu me imaginava em um passado distante. Os móveis voltavam, sons enxiam meus ouvidos e podia jurar que eles estavam ali. Meus tios, primos, amigos, mãe, avós, pai e desconhecidos. Podia imaginar todos os momentos bons que tive naquele comodo. Na sala de TV um tarde memorável junto de meus amigos jogando Wii, na sala de estar tantas tardes e noites jogando RPG, na copa ceias de natal e cafés tomados juntos dos familiares e amigos. No banheiro social “aquela!” coisa que me rendeu um apelido. Na cozinha a carne da minha avó assando no forno. No escritório/ quarto do computador eram tantas, que parei durante alguns minutos só desfrutando da presença imaginarias delas. Na piscina! Lembranças de amigos recentes e antigos se misturavam em um vórtice de risos, piadas e churrasco.
Ao final da excursão voltei a sala me sentei do lado da porta, olhando fixamente para o portão aberto que dava para rua. Não seria a ultima vez que veria a casa, mas sabia que só não chorava ali naquele momento por ter feito a promessa, e me dei conta, como se não bastasse o dia cheio, que se tivesse que voltar a aquela casa dali a uns 10 ou 20 anos não haveria força no mundo que me impediria de me derreter em lagrimas de saudade.
Pois é, saudade. Saudoso seria a palavra ideal para me descrever naquele momento... Dei mais uma volta pela casa, o aperto aumentando a intensidade. Só havia lembranças boas, com pessoas ótimas em circunstancias das mais variadas possíveis. Lembranças de risos, piadas, jogos, conversas, brincadeiras, comidas, doces, beijos, abraços e carinho.
Carinho, a ultima palavra-chave do texto. É com carinho que vou guardar todas as lembranças saudosas da Rua Heitor Chiarello 676. Pois foi com carinho, que ela me guardou por tanto tempo.

Ofereço este texto, rude, sem métrica nem valor material a todos que já passaram, se hospedaram, viveram, conheceram ou até mesmo ouviram falar da Rua Heitor Chiarello 676...
Sem vocês, eu não terias essas e tantas outras lembranças e com certeza esse texto nunca teria sido imaginado.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Vaga-lumes e Estrelas



O vaga-lume que ela procura eu não tenho. Queria muito poder tê-lo junto a mim para poder, sem sequer um pensamento a mais, dá-lo a ela. No entanto, somente possuo um grilo. Um grilo que brilha com força, mas sem toda a beleza de um vaga-lume. Um grilo que ,ainda sabendo que não substitui o vaga-lume, vai tentar, pois adora ver o sorriso no rosto dela. Ridículo, bobo e sem esperança esse grilo não? Não acho! Discordo completamente. Afinal, pelo menos o grilo se faz presente e o maldito vaga-lume? Como toda a sua beleza e destreza não a conforta. Será que ela pode aceitar um grilo?

“Para quem está na escuridão total, sem nem um vaga-lume, um grilo pode ser uma estrela.”

Pontos Ofuscados



Ontem desafie-lhes a ser feliz, hoje procuro um vaga lume. Junto com os casos e acasos da vida, por esses dias eu perco diariamente meu desafio. E me consome um sentimento pior do que a infelicidade, o desanimo. O marasmo que nubla qualquer tomada de decisão e sentimento fazendo tudo perder a cor, a forma, o sabor.
A comida antes apetitosa é apenas alimento.
As cores da teve são preto e branco.
O estudo tão ansioso, só obrigação.
O coração dançante, repousa sem ( nem querer) sentir.
Enfadonha manha, tarde e noite.
Quero dispensar essa bruma que anestesia o sentidos, porém meus lábios não soltam nem sussurros que dirá tal brisa?
O leito aconchegante se torna seco.
Sentimento vil que lhe tira as forças, é como uma piscina de piche que as poucos vai se afundando e grudando em seu ser, até envolver-lhe por completo.
A luta diária já perdida, por que não terá ninguém para lutá-la.
E mesmo com o fracasso, não sabe gritar por socorro.
Talvez se conseguisse levantar o olhos e procurar vaga lumes, eles possam desanuviar a neblina de seus olhos, e assim ver por detrás delas.
Onde está meu vagalume?
" Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vagalume é um farol"
Nota: Bom esse texto explica melhor minha assinatura e o que ela quer dizer =D