sábado, 18 de junho de 2011

Pergaminhos do Conselheiro

Sou Miro Greenshell, Feiticeiro Real do Reino Élfico do Sul, e amigo da família real Amakiir. Alguns dias atrás, em um banquete realizado em honra a mais uma bela caçada de milorde, Lauren Amakiir, milady Lia Amakiir me pediu que começasse um relato de minhas aventuras. Ainda não entendo o que ela quer dizer com aventuras, nunca saí do reino. Todavia não irei negar o pedido da Rainha. Começarei com uma breve introdução sobre mim. Sou um meio-elfo, feiticeiro e devoto de Obd-Hai. Minha mãe, Mialee “Caçadora da Lua”, era uma ranger muito respeita em meu reino, morreu dando luz a mim. Nunca conheci meu pai, a Rainha Lia me contou certa vez que ele havia sido o grande amor de minha mãe, e ela o dele. Era um amor impossível, sei que meu pai não era humano e ninguém me disse sua raça. Deve ter sido algo realmente condenável.
Minha mãe, em seu leito de morte, pediu para a Rainha Lia me criar como se fosse seu filho. Ela aceitou, de bom grado, e fui criado como um membro da família real. Nasci um pouco depois da Herdeira ao trono, Ivie Amakiir, tivemos a mesma educação e fomos criados como irmãos. Devido ao meu “meio-sangue” amadureci mais rápido que Ivie. Com poucos 20 anos de idade já comecei a demonstrar meu talento para magia, involuntárias naquela época. Era um feiticeiro, ninguém pareceu muito surpreso e acho que meu pai também era um, visto que minha mãe era ranger. Meu treinamento começou alguns anos mais tarde, com cerca de 47 anos, supervisionado pela própria rainha, ou como aprendi a chamá-la, mãe.
Me contaram que eu era adotado no meu aniversario de 60 anos, ainda eram jovem, mas já entendia o suficiente sobre o mundo para saber sobre a verdade. Foi um choque. As pessoas que eu chamava de Pai e Mãe não eram nem ao menos parentes de sangue. Passei semanas em meu quarto, maturando a ideia. Dizem, não sei bem, que durante a noite magias involuntárias aconteciam por todo o castelo por minha causa, duvido. Não sou tão poderoso assim. Depois de um período de tempo Lia foi falar comigo. Tivemos uma longa conversa sobre meu futuro, decidi naquele dia que iria treinar para ser um conselheiro, e ajudar o reino que havia me acolhido. Minha mãe adotiva apoiou minha decisão e começou a me integrar nos ramos da politica éfilca.
Vinte anos mais tarde, Ivie foi integrada a minhas aulas particulares. Por ser uma elfa pura ainda estava na adolescência e se importava pouco com as aulas, ou pelo menos era isso que demonstrava. Meu treinamento foi terminado aos 90 anos, me integrei ao Esquadrão de Magos e Feiticeiros, ou a Divisão Arcana. Galguei nos ranks da Divisão rapidamente, apreendi bastante e evolui.
Algusn anos mais tarde Ivie fugiu do palácio. Entramos em polvorosa, fui o ultimo a ter contato com ela. Ela tentou me levar junto, mas já tinha obrigações no palácio. Estava prestes a ser nomeado Conselheiro, o antigo Tharivol “Ancião Verde” estava para se aposentar. Não fui com ela, mas deixei que partisse. Ela precisa apreender sobre o mundo se quiser ser uma boa rainha.
Fui nomeado conselheiro um mês mais tarde. Participava de reuniões secretas e finalmente podia falar o que pensava. A Rainha Lia está orgulhosa de mim, e eu estou orgulhoso de mim mesmo. Realizei meu sonho, só falta uma coisa: achar meu pai.
Este ultimo desejo não pode ser realizado em meio aos muros do palácio, ou das fronteiras do reino. Em breve terei que sair de meu porto seguro, mas por hora ficarei aqui. Uma guerra se aproxima e não posso deixar meu reino desprotegido. Como fez Ivie.
Sinto saudades dela. Crescemos como irmãos, ela era minha confidente. Espero que esteja bem, que as bençãos de Obd-Hai caiam sobre ela.

Miro Greenshell, Conselheiro do Reino Élfico do Sul.

Baseado na obra de Julia C. - Diário Medieval

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pitusha

Hey quem ai já teve um cachorro?
Aquele filhotinho fofo parecendo um bichinho de pelucia que dá um trabalho : não sabe aonde fazer as necessidas fazendo-as na sua cama(ou embaixo dela), na sala, no SEU banheiro e não no dele; achando que tudo é de morder desde seus ocúlos até paredes e pés de mesa, cadeiras, banquinhos ; fazendo do papel higienico picado decoração da salae ainda no final te olhando com os olhos brilhando como quem dissese"vem brincar comigo".Quem resiste?
Ai eles crescem, por que mesmo com dó nós temos que educá-los, e de bichinhosfofinhos viram bolas de pêlos( pelo menos a minha era), mas você acha que melhora? Que nada eles só aprotam com mais classe: entram no lixo saindo de lá( leia-se sendo arrancados) parecendo um rato de esgoto,aprendem a subir nas mesas e roubar comida direto da fonte e chegam na maestria de pegar um pirulito e deixar a mostra o papel e o palitinho(atestado issso já aconteceu); pegar meias limas ou sujas; pegar dinheiro( e eu juro que eles aprendem isso vendo Tv); entrar dentro de mochilas e pegar qualquer tipo de balas( até pastilhas pra gripe).Porém se essas cosias só aprontam e não tem mais o apelativo master de ser um filhote, porque cargas d'água nós continuamos com eles?
Por que o seu cachorro te ama incondicionalmente e você consegue sentir tal fato( a arte de se fazer entender com os olhos e ações), e olha que eles não falam, entretanto também não mentem, se gostam eles pulam em você, lambem, vão lhe recepcionar quando chega da rua ( mesmo que tenha saído por 5 minutos), dormem aconchegados a si, acordamos e a primeira visão são dele te fazendo compania( no meu caso quando a meu despertados tocava a minha me lambia até eu lenvantar e deitava no travesseiro), estão junto não importa que esteja fazendo uma tarefa díficil assistindo Tv ou chorando. O que importa pra ele é estar contigo e um pouquinho de atenção. Em quais outras circunstâncias iriamos encontrar algo assim? Algo tão inôcente ( claro, a não ser que tenha comida em mãos ai os pedidos tem segundas intenções) e leal.
Convivendo e os adorando cada dia é um dia e eles sempre encontram uma nova forma de nos fazer sorrir, fazendo parte da casa e da família.
E por família fazemos de um tudo, e por família sofremos com sua perda.Afinal cada ser é único e insubstituível . Isso me leva a pensar que toda vez que olhar pros buracos que ela fez eu vou lembrar, a cada foto vista eu vou sorrir, a cada recordação vou tentar não chorar, já que nada te prepara para a perda de seu mais fiel escudeiro.
A quem já teve a alegria de ter um cão...


"Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vagalume é um farol"

O Fogo de Camões – Uma adaptação contextualizada

Camões compara o amor ao fogo em sua bela poesia: Amor é fogo que arde sem se ver. Sem retirar do grande autor sua importância ,e parafraseando sua ideia, afirmo que a Amizade é como o Fogo.
Amizade. Comparo-a com o fogo inspirado pelo trecho da obra do grande poeta “que não seja eterno posto que é chama”.
Chamas. Difíceis de se prever, fáceis de se admirar e impressíveis os danos causados se descontroladas. A dança da chama de uma Amizade frívola é muito delicada, um passo errado e a chama se alastra, consome e apaga. Ao mesmo tempo que a chama de uma Amizade verdadeira cresce, se alastra, consome obstáculos, aquece corações e levanta seu portador.
Como pode, algo tão similar, ser tão diferente? São chamas, até mesmo as mesmas chamas. Entretanto, nunca são iguais, sempre mutáveis... Algumas se apagam com um simples sopro. Outras nem um oceano inteiro derramado faria algum dano.
Precipitações levam aos consumo da chama. Deve-se sempre carregar um termômetro, medir a temperatura, alguns galhos secos para alimentá-la e mais importante, sempre presumir que com o mais leve sopro a chama se apagará.
Chamas já se apagaram em minha vida, no entanto não lamento por elas. As que apagam realmente nunca deviam ter sequer existido. Me dedico aquelas que me aquecem, me encobrem, me fortalecem. Portanto cuidarei das minhas chamas, as que gosto, as que rio do brilho e que me envolvem em sua dança. Pois estas ,e somente estas, valem o esforço.
Obrigado Camões, por sua maravilhosa poesia.
E obrigado Chamas, por ainda não terem se apagado.

domingo, 5 de junho de 2011

Renovações

Boa tarde caros leitores! Quem lhes escreve é o Shiro. Gostarei de falar sobre os futuros projetos do blog, bem como a renovação do layout e nome.

Sobre o Layout: estava muito simples, e o blog é tudo menos simples. Sobre o nome: deixou de ser um simples momento, eram tantas sensações misturadas juntos que “momento” já não o descrevia de forma exata. Achei a palavra Vórtex mais adequada.

O Projeto Diário de um Sobrevivente está em hiatus, ou seja, suspenso por tempo indefinido. Infelizmente estou sem ideias para ele, embora ainda queira escrevê-lo. Talvez conversas com amigos, ou algum filme que eu veja, me inspire a continuar o projeto. Por enquanto, deixemos que o autor do Diário descanse.

O novo Projeto Estudo Analítico de uma Vida não será constante. Não tenho um feedback sobre ele, porém aviso que o autor dele é instável. Não adianta comentar, quando ele resolver escrever: escreverá. Todavia, afirmo que não é um texto único.

E o novíssimo projeto! O Império da Magia, um livro que escreverei. Breve teremos alguns capítulos postados por enquanto fiquem com um pequeno e incompleto resumo.


O Império da Magia.

Magia. Não importa a sua crença sobre ela. Ela existe. É um fato. Negado pela maioria da humanidade.
O que você faria, se descobrisse que magia existe? Eu lutei.

Estudo Analítico sobre Minha Vida – A Infância

Quem sou eu? Grandes e complicadas questões se atrelam a esta simples pergunta, pois o ser humano é tão complexo quanto as infinitas reações químicas recorrentes no universo. Não há uma só resposta, ma sim infinitas, de diversos tons, cores e sabores.
Seria mais fácil perguntar: Quem não sou eu? Esta resposta virá com facilidade no contexto. Afirmo que não sou o objeto de meu estudo, apenas alguém que cresceu com ele.
A série de estudos sobre a vida de Paulo Braga será infinita. Escrita por mim, Daniel Black, e revisada por ele mesmo, Paulo Braga. Por que este estudo? Pois creio que é preciso apreender com seu passado para poder seguir em frente com o futuro, então ajudarei meu companheiro de jornadas a revisar seu passado.
Antes do começo do estudo, uma pausa. Peço iluminação a Atena, deusa grega da sabedoria. Que eu não caia em clichês, contradições ou anacronismos.

Começaremos o estudo pelo começo. Pleonasmo e clichê fortíssimos logo na primeira frase, porém não a tornaram invalida. A Infância, todos temos memórias boas sobre ela, uma época sem preocupações, de inocência, carinho e hiperatividade. Foi um garoto grande, gordinho, quieto, simples, alegre, extremamente ligado a família e sem muitos amigos. Sente pouco saudades da infância, afirma que foi boa, mas que já esteve em dia melhores.

Vários acontecimentos marcaram nossa infância. Farei o estudo de alguns, os mais importantes com certeza. Começaremos com vida: o nascimento de minha irmã. Dizem que eu fui quem pediu por ela, já neguei tal fato, mas não nego mais. Foram nove meses de antecipação, três ou quatro dias de pura angustia e finalmente conheci-a. Estava conhecendo a loira de olhos verdes que me infernizará pelo resto da vida, mas vindo a pensar nisso não suprimo meu sorriso. Alguns problemas surgiram em nosso relacionamento nessa época, era uma criança sedenta de atenção e minha irmã – em meus pensamentos – estava roubando-a. Houveram atritos e desafetos, mas analisando a situação posso atribuir a culpa a um sentimento simples: ciumes. Fui, e ainda sou, um tolo.
Separações. Os votos matrimonias costumavam ser algo sagrado para muitos. Vivemos em uma época, porém, a qual om divórcio não só é considerado normal, como, em muitos casos, aconselhável. Meus pais se separaram quando tinha onze anos. Era criança, não tinha a malicia necessária para ver os sinais que se apresentavam em meu dia a dia. Outro clichê: foi em uma tarde de verão, nos reunimos na sala e eles contaram que iriam se separar. Lembro-me de chorar junto de minha irmã; foi naquele dia que fiz minha promessa. Todavia, a separação provou-se ser algo bom, a vida melhorou. Pior seria se tivessem ficado juntos já não se amando.

O ano perdido. Refiro-me a minha quinta série, atual sexto ano. Meus pais haviam acabado de se separar, ainda morava em uma casa enorme na minha cidade natal. Estava estudando no colégio Marista. Neste ano houve a realização de um sonho, tive uma cachorra. Era vira-lata, pequena, hiperativa como o dono, metade gato e espetada. Minha Vita. No ano seguinte tive que dá-la para minha avó, vendemos a casa e fomos morar em um apartamento pequeno mais no centro da cidade.

Sobre meus passatempos, hobbies e manias. Sempre assisti muita TV, meus pais sempre fora de casa e sem nada para fazer acabava ligando na famosa TV Globinho, ou na mais antiga FoxKids. Assitia sempre a Power Rangers, Digimon, Pokemon, Yu-Gi-Oh!, eram meus programas preferidos. Entre alguns outros que posso citar estão: Johnny Bravo, Dexter: O Menino Gênio e A Vaca e o Frango.
Outra mania: livros. Minha avó, leitora nata, que me ensinou a graciosa arte de ler. Muito melhor que as séries de TV ou qualquer outro programa. Ler um livro transporta-lhe para uma realidade alternativa que dura enquanto você quiser, não até o próximo comercial. Entre os mais lembrados estarão sempre Harry Potter, Deltora Quest, Artemis Fowl, Eragon, Cronicas do Mundo Emerso, Trilogia Bartimaeus, Trilogia Dragonlance e Cronicas de Nárnia. Sim todos de fantasia, o escapismo predominou em minha infância. A vida era entendiante em comparação com as vidas dos heróis dos livros.

Uma peculiaridade: meus óculos. Tenho um problema grave de visão, que não me permite enxergar com clareza. Uso óculos todos os dias, sempre. Era realmente chato quando eu era criança. Especialmente por causa do “tapão”, o qual eu usava em um olho para forçar o outro. Nem mencionarei as brincadeiras que isto me rendeu, já podem imaginar. Porém foi graças ao “tapão” que recuperei minha visão, antes 30% agora mais de 60%.
Cresci escutando músicas de qualidade. Agradeço todos os dias aos meus pais por isso. Em meio ao rock'n roll da minha mãe e a bossa nova do meu pai, nunca escutei sertanojo e derivados. Mais tarde me tornarei rockeiro de carteirinha, e apreciador de uma boa bossa nova. No mesmo paragrafo, para poupar-me espaço, sempre fui bom aluno, acho que vale comentar este fato.

Pois bem me despeço de você, leitor, até o próximo estudo!
Daniel Black


PS: No próximo estudo: a adolescência, dos doze aos dezesseis anos. Mudanças, desafios, perdas, descobertas e uma pitada ou duas e felicidade.

sábado, 4 de junho de 2011

Desabafos da Madrugada - Vazio

Sou um alienado, admito o fato vergonhoso em minha vida. Alienado por opção, tornando a vergonha não só completa como profunda. Falta-me interesse pelos fatos, pelas noticias, pelas ciências e pelas tecnologias.
Não tenho mais sentimentos, eles estão distantes esquecidos em uma época distante. Uso mascarás todos os dias para enganar a tudo e todos. Não sou tonto, somente alienado, sei que quem mais tento enganar é a mim.
Sinto um vazio. Um vazio completo em meu peito. Tanto a fazer, tanto a ver, a produzir e nenhuma vontade cresce em meu peito. O simples esforço para digitar essas simples palavras me é termendo.
Quero facilidade, porem já aceitei que a vida não é fácil. A aceitação me trouxe um vazio maior, está tudo pronto, só são necessárias minhas ações.
Tenho um molde, pronto, formulado, estereotipado com meu nome gravado. Quero quebrar este molde, mas me contenho. Destruirá o delicado balanço que é minha vida, a minha mesmice, o meu vazio.
Sinto-me morto por dentro. Preciso de um sopro de vida, de motivação. Não sua, caro leitor, mas meu. Vindo de mim e para mim.
Preciso de algo...
Preciso de vida.