domingo, 5 de junho de 2011

Estudo Analítico sobre Minha Vida – A Infância

Quem sou eu? Grandes e complicadas questões se atrelam a esta simples pergunta, pois o ser humano é tão complexo quanto as infinitas reações químicas recorrentes no universo. Não há uma só resposta, ma sim infinitas, de diversos tons, cores e sabores.
Seria mais fácil perguntar: Quem não sou eu? Esta resposta virá com facilidade no contexto. Afirmo que não sou o objeto de meu estudo, apenas alguém que cresceu com ele.
A série de estudos sobre a vida de Paulo Braga será infinita. Escrita por mim, Daniel Black, e revisada por ele mesmo, Paulo Braga. Por que este estudo? Pois creio que é preciso apreender com seu passado para poder seguir em frente com o futuro, então ajudarei meu companheiro de jornadas a revisar seu passado.
Antes do começo do estudo, uma pausa. Peço iluminação a Atena, deusa grega da sabedoria. Que eu não caia em clichês, contradições ou anacronismos.

Começaremos o estudo pelo começo. Pleonasmo e clichê fortíssimos logo na primeira frase, porém não a tornaram invalida. A Infância, todos temos memórias boas sobre ela, uma época sem preocupações, de inocência, carinho e hiperatividade. Foi um garoto grande, gordinho, quieto, simples, alegre, extremamente ligado a família e sem muitos amigos. Sente pouco saudades da infância, afirma que foi boa, mas que já esteve em dia melhores.

Vários acontecimentos marcaram nossa infância. Farei o estudo de alguns, os mais importantes com certeza. Começaremos com vida: o nascimento de minha irmã. Dizem que eu fui quem pediu por ela, já neguei tal fato, mas não nego mais. Foram nove meses de antecipação, três ou quatro dias de pura angustia e finalmente conheci-a. Estava conhecendo a loira de olhos verdes que me infernizará pelo resto da vida, mas vindo a pensar nisso não suprimo meu sorriso. Alguns problemas surgiram em nosso relacionamento nessa época, era uma criança sedenta de atenção e minha irmã – em meus pensamentos – estava roubando-a. Houveram atritos e desafetos, mas analisando a situação posso atribuir a culpa a um sentimento simples: ciumes. Fui, e ainda sou, um tolo.
Separações. Os votos matrimonias costumavam ser algo sagrado para muitos. Vivemos em uma época, porém, a qual om divórcio não só é considerado normal, como, em muitos casos, aconselhável. Meus pais se separaram quando tinha onze anos. Era criança, não tinha a malicia necessária para ver os sinais que se apresentavam em meu dia a dia. Outro clichê: foi em uma tarde de verão, nos reunimos na sala e eles contaram que iriam se separar. Lembro-me de chorar junto de minha irmã; foi naquele dia que fiz minha promessa. Todavia, a separação provou-se ser algo bom, a vida melhorou. Pior seria se tivessem ficado juntos já não se amando.

O ano perdido. Refiro-me a minha quinta série, atual sexto ano. Meus pais haviam acabado de se separar, ainda morava em uma casa enorme na minha cidade natal. Estava estudando no colégio Marista. Neste ano houve a realização de um sonho, tive uma cachorra. Era vira-lata, pequena, hiperativa como o dono, metade gato e espetada. Minha Vita. No ano seguinte tive que dá-la para minha avó, vendemos a casa e fomos morar em um apartamento pequeno mais no centro da cidade.

Sobre meus passatempos, hobbies e manias. Sempre assisti muita TV, meus pais sempre fora de casa e sem nada para fazer acabava ligando na famosa TV Globinho, ou na mais antiga FoxKids. Assitia sempre a Power Rangers, Digimon, Pokemon, Yu-Gi-Oh!, eram meus programas preferidos. Entre alguns outros que posso citar estão: Johnny Bravo, Dexter: O Menino Gênio e A Vaca e o Frango.
Outra mania: livros. Minha avó, leitora nata, que me ensinou a graciosa arte de ler. Muito melhor que as séries de TV ou qualquer outro programa. Ler um livro transporta-lhe para uma realidade alternativa que dura enquanto você quiser, não até o próximo comercial. Entre os mais lembrados estarão sempre Harry Potter, Deltora Quest, Artemis Fowl, Eragon, Cronicas do Mundo Emerso, Trilogia Bartimaeus, Trilogia Dragonlance e Cronicas de Nárnia. Sim todos de fantasia, o escapismo predominou em minha infância. A vida era entendiante em comparação com as vidas dos heróis dos livros.

Uma peculiaridade: meus óculos. Tenho um problema grave de visão, que não me permite enxergar com clareza. Uso óculos todos os dias, sempre. Era realmente chato quando eu era criança. Especialmente por causa do “tapão”, o qual eu usava em um olho para forçar o outro. Nem mencionarei as brincadeiras que isto me rendeu, já podem imaginar. Porém foi graças ao “tapão” que recuperei minha visão, antes 30% agora mais de 60%.
Cresci escutando músicas de qualidade. Agradeço todos os dias aos meus pais por isso. Em meio ao rock'n roll da minha mãe e a bossa nova do meu pai, nunca escutei sertanojo e derivados. Mais tarde me tornarei rockeiro de carteirinha, e apreciador de uma boa bossa nova. No mesmo paragrafo, para poupar-me espaço, sempre fui bom aluno, acho que vale comentar este fato.

Pois bem me despeço de você, leitor, até o próximo estudo!
Daniel Black


PS: No próximo estudo: a adolescência, dos doze aos dezesseis anos. Mudanças, desafios, perdas, descobertas e uma pitada ou duas e felicidade.

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