segunda-feira, 6 de junho de 2011

O Fogo de Camões – Uma adaptação contextualizada

Camões compara o amor ao fogo em sua bela poesia: Amor é fogo que arde sem se ver. Sem retirar do grande autor sua importância ,e parafraseando sua ideia, afirmo que a Amizade é como o Fogo.
Amizade. Comparo-a com o fogo inspirado pelo trecho da obra do grande poeta “que não seja eterno posto que é chama”.
Chamas. Difíceis de se prever, fáceis de se admirar e impressíveis os danos causados se descontroladas. A dança da chama de uma Amizade frívola é muito delicada, um passo errado e a chama se alastra, consome e apaga. Ao mesmo tempo que a chama de uma Amizade verdadeira cresce, se alastra, consome obstáculos, aquece corações e levanta seu portador.
Como pode, algo tão similar, ser tão diferente? São chamas, até mesmo as mesmas chamas. Entretanto, nunca são iguais, sempre mutáveis... Algumas se apagam com um simples sopro. Outras nem um oceano inteiro derramado faria algum dano.
Precipitações levam aos consumo da chama. Deve-se sempre carregar um termômetro, medir a temperatura, alguns galhos secos para alimentá-la e mais importante, sempre presumir que com o mais leve sopro a chama se apagará.
Chamas já se apagaram em minha vida, no entanto não lamento por elas. As que apagam realmente nunca deviam ter sequer existido. Me dedico aquelas que me aquecem, me encobrem, me fortalecem. Portanto cuidarei das minhas chamas, as que gosto, as que rio do brilho e que me envolvem em sua dança. Pois estas ,e somente estas, valem o esforço.
Obrigado Camões, por sua maravilhosa poesia.
E obrigado Chamas, por ainda não terem se apagado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário