terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Água Contida


E você vai guardando dentro de si,

Tudo o que não quer ver, tudo o que não quer que ninguém veja

Toda Dor

Todo Desespero

Toda Angústia

Todo Sofrimento

Você guarda, aos poucos, e cada vez

e mais e mais

Até que chega em um ponto aonde você não vê quando isso começou

E nem consegue ver aonde isso vai ter fim

Perdido nesse mar represado águas escuras

Será que conseguirei não me afogar? Que vou conseguir nadar para fora daqui

Será q a luz do vaga-lume consegue atingir águas turvas?

Tenho que acreditar que sim

Quero acreditar que sim

Porque vou guardando mais e mais...

“Para quem está no fundo do poço, na mais completa escuridão, um vaga-lume é um farol”

Texto dedicado a todos meus que tem água contida em seus corações, que eles não cheguem a esse ponto ou que que a luz do vaga-lume sempre os alcance

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O expectador de Peter Pan


Para onde vai, ó grande Peter? Por que corre? Por que voa? Por que não cresce? Onde estão suas conquistas, suas vontades? Onde está seu tesouro? Sua Sininho e sua Wendy?
Por que não cresce, ó pequeno Peter? Não evolui, não anda para frente, não se transforma?
Por que és garoto, Peter, por que és garoto.
Para onde foram suas lagrimas? Seu sentimentos? Por que és oco?
Por que foges, escondes, desrespeita, afasta?
Para onde vais? Quem és? Por que não responde as perguntas?

És mudo, cego e surdo.
És criança, tola e burra.
És pequeno, fraco e indefeso.
És feio, indigesto e suculento.
És oco, vazio e negro.
Um mero expectador de tudo o que lhe acontece.
Uma mera criança que não desejar crescer,
uma mera criança que não vai vingar.
Eres uma semente morta, plantada em planície estéril.
És a visão do cego.
És o calor do abismo.
És o rumo dos tolos.

Para onde vais? Ó pequeno Peter

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Given Up

Should I just give up? Pretend it was ok, that I did everything I could to protect something precious to me? Should I focus on the real things, the real challenges, the real friends, the real life?
Or I am just fooling myself by writting this? Will I ever recover from another give up?
Is there a reason to fight? A hero to be? A person to discover?
Or just a big hole, where should be just lying my hearth...
Shoul I just give up?

domingo, 2 de outubro de 2011

São como se tudo fosse em vão

São como facas
Facas que entram em meu peito
Facas que nublam meu pensamento
Facas que se alimentam de meu anseio

São como dias de chuva
Um belo e terrível acontecimento
Um apagão de meu esclarecimento
Um manhã de sol perdida

São como pérolas aos porcos
Pensamentos indigeridos
Ideias jogadas ao relento
Falas que não quero proferir

São como minha confiança
Traída, jogada, rasgada
Moída, triturada, desdenhada
Perdida

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Manifesto dos Sem-coração



Tenho vontades, tenho sonhos, tenho desejos e acima disso não tenho uma coração.
Ele me escapa, foge, se esconde, arma-se, fica de tocaia e não volta.
Sem ele minhas vontades enfraquecem, caem famintas no chão estéril dos campos de asfódelos.
Quero voltar a viver, mas não posso, não consigo, tenho preguiça. Não vivo.
Quero voltar a sonhar, mas não consigo, me escapam em mais um vórtex insano. Não sonho.
Quero ver a luz, mas ela é distante, cansativa, doem-me os olhos. Não vejo a luz.
Anseio pelas trevas, mas eles não são presentes, não me confortam. Não descanso.
Anseio por mudança, mas elas demoram, se arrastam e morrem. Não mudo.
Anseio por liberdade, mas o ideal não me acude, não me conforta. Não sou livre.
Estou sem coração, sem vontades, sem energia, sem nem trevas a me tragar.
Sou um Sem-coração e assim vivo... Um eterno grito de desespero entalado na garganta.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Uma Flor Roxa


Sabem pra mim o amor é como uma flor, pra nascer basta uma sementinha
Mas para crescer precisa de cuidados, pra poder criar raizes e perdurar
Se ela for deixada ao leu, sem nenhum aprecio pode ser ums bela especime
E mesmo assim irá começar a murchar, pouco a pouco
Lutando pela vida
E mesmo abandonada se agarra as gotas de água que caem sobre si
Tentando mas do que tudo se manter
Esse esforço pode durar mais algum tempo, porém logo logo
Ela não irá aguentar mais e se cansará de lutar deixando seu ciclo recomeçar
A esperança ainda resta, já que dizem que ela é a última que morre
Ainda que não tenha mais muito tempo, não malcuidada desse jeito
Quem sabe a chuva ainda virá?
Enquanto isso essa flor espera, sem mais cor nem brilho
Mas viva...
"Coração masoquista por que não para de se ferir? Quem sabe não quer afogar as esperanças em seu sangue"
"Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vagalume é um farol"

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pergaminhos do Conselheiro [2]

Sou Miro Greenshell, conselheiro do Reino Élfico do sul. Um ataque de largas escalas ocorreu a cerca de uma semana. Drows, os primos malditos dos elfos, e inimigos de todas as formas de vida boas. Nossas sentinelas avançadas avistaram seu batalhão se deslocando para Elesyas – a capital do reino – eram cerca de mil drows e todos combatentes treinados para matar e destruir. A Guarda Real foi convocada, e a Divisão Arcana disponibilizou alguns de seus melhores magos e feiticeiros para fazerem parte do batalhão. Fui convocado, nossos grandes mesteres ficariam descansando na capital caso o grupo fracassasse – sabíamos que havia possibilidades, e fui um dos conselheiros que votou a favor da permanência das maiores forças na capital. Rainha Lia foi veemente oposta a ideia, mas o conselho decidiu a questão.

Precisávamos de um líder, e milord Luren lideraria a expedição. Os drows estavam próximos e saímos da segurança dos limites mágicos da cidade para combatê-los. A batalha foi ferrenha, magias e flechas cruzam os campos – mais mortais que muitas laminas – e as espadas se chocavam rapidamente nos combates de corpo-a-corpo. Os drows eram adversários a altura, mas mesmo assim a batalha pendia para o nosso lado. Eu não me lembro de quantas magias eu lancei, ou quantas ordens gritei para nossas tropas. Lembro somente de estar esgotado no meio da batalha. Foi então que vi aquilo... E minha Herança despertou.

Lord Lauren estava caído. Cinco drows ao seu redor com as espadas levantas, compreendia a situação em um instante: eles haviam subjugado nosso rei pelo número (vi corpos de outros quatro perto do circulo. Um deles levantava a espada para o golpe final, os outros quatro mantendo alguns poucos combatentes afastados, e eu corri. Disparei das linhas de magos, recebi um corte feio no braço mas não me importei. Algo pulsava dentro de mim, minha magia aumentando, sendo preenchida de magia selvagem e me senti forte.

Gritei para o drows, ou pelo menos foi o que achei ter feito. O que saiu não foi som, mas um jato de ácido que feriu o drow com a espada levantada. Eles se viraram e me viram correndo... Alguns até riram... Levantaram as espadas e o resto é névoa... Minhas lembranças são confusas em meio a gritos de dor, magia explodindo e raiva em meu ser. Quando voltei ao estado normal de consciência estávamos de volta a linha dos magos. O rei era tratado por um clérigo e todos me olhavam com espanto, Lord Lauren fez um gesto para que me aproxima-se. Dei um passo e desmaiei.

Acordei uma semana depois, em meus aposentos no palácio. A batalha havia acabado a muito e havíamos vencido, porém as baixas causavam dor em todos. Rainha Lia estava ao meu lado, e viu milhares de perguntas em meu olhar. Lembro-me de ela abaixar a cabeça, uma lágrima escapar de seus olhos antes de levantar a face e me contar a história.

A história sobre um povo antigo e poderoso. Híbridos. Metade dragão, metade elfo e tão ou mais poderosos que ambos. Nascidos da mais pura magia em circunstancias especiais, e formados no ventre de elfas. Eu era o único exemplar vivo daquela espécie, os dragões não costumavam acasalar com elfos. Minha mãe havia vivido sua grande história de amor com um Dragão Verde, meu pai... Rainha Lia sabia que ele era e disse que havia passado a hora de conhecê-lo.

Tive uma semana somente para absorver a impactante noticia. De uma hora para outro meu mundo virava de cabeça para baixo e me senti só... Era o único da minha espécie, um capricho da magia dos dragões. A semana se passou exageradamente lenta, foi a pior e ao mesmo tempo a melhor semana da minha vida. A pior, pois em meio a pensamentos tenebroso minha Herança se agitava e deixava minha magia descontrolada e selvagem. A melhor, pois finalmente iria conhecer meu pai.

Finalmente o grande dia chegou... Ao pôr-do-sol meu pai chegou voando, as grandes asas fazendo sombra ao sol. Um imenso cometa jade descendo nos jardins do palácio, enquanto pousava sua se alterou e me vi diante de um belo homem. Tínhamos os mesmo olhos verde esmeralda, o mesmo cabelo castanho ondulado e, quando sorrimos um para o outro – os olhos marejados pela emoção – percebi que tínhamos o mesmo sorriso. Andamos timidamente um em direção ao outro, e em um súbito instinto nos abraçamos. Me senti completo, feliz: eu conhecia meu pai.

 Miro Greenshell, filho de Adamantis, Herdeiro da Dinastia Esmeralda

Baseado na obra de Julia C. - Diário Medieval 

sábado, 18 de junho de 2011

Pergaminhos do Conselheiro

Sou Miro Greenshell, Feiticeiro Real do Reino Élfico do Sul, e amigo da família real Amakiir. Alguns dias atrás, em um banquete realizado em honra a mais uma bela caçada de milorde, Lauren Amakiir, milady Lia Amakiir me pediu que começasse um relato de minhas aventuras. Ainda não entendo o que ela quer dizer com aventuras, nunca saí do reino. Todavia não irei negar o pedido da Rainha. Começarei com uma breve introdução sobre mim. Sou um meio-elfo, feiticeiro e devoto de Obd-Hai. Minha mãe, Mialee “Caçadora da Lua”, era uma ranger muito respeita em meu reino, morreu dando luz a mim. Nunca conheci meu pai, a Rainha Lia me contou certa vez que ele havia sido o grande amor de minha mãe, e ela o dele. Era um amor impossível, sei que meu pai não era humano e ninguém me disse sua raça. Deve ter sido algo realmente condenável.
Minha mãe, em seu leito de morte, pediu para a Rainha Lia me criar como se fosse seu filho. Ela aceitou, de bom grado, e fui criado como um membro da família real. Nasci um pouco depois da Herdeira ao trono, Ivie Amakiir, tivemos a mesma educação e fomos criados como irmãos. Devido ao meu “meio-sangue” amadureci mais rápido que Ivie. Com poucos 20 anos de idade já comecei a demonstrar meu talento para magia, involuntárias naquela época. Era um feiticeiro, ninguém pareceu muito surpreso e acho que meu pai também era um, visto que minha mãe era ranger. Meu treinamento começou alguns anos mais tarde, com cerca de 47 anos, supervisionado pela própria rainha, ou como aprendi a chamá-la, mãe.
Me contaram que eu era adotado no meu aniversario de 60 anos, ainda eram jovem, mas já entendia o suficiente sobre o mundo para saber sobre a verdade. Foi um choque. As pessoas que eu chamava de Pai e Mãe não eram nem ao menos parentes de sangue. Passei semanas em meu quarto, maturando a ideia. Dizem, não sei bem, que durante a noite magias involuntárias aconteciam por todo o castelo por minha causa, duvido. Não sou tão poderoso assim. Depois de um período de tempo Lia foi falar comigo. Tivemos uma longa conversa sobre meu futuro, decidi naquele dia que iria treinar para ser um conselheiro, e ajudar o reino que havia me acolhido. Minha mãe adotiva apoiou minha decisão e começou a me integrar nos ramos da politica éfilca.
Vinte anos mais tarde, Ivie foi integrada a minhas aulas particulares. Por ser uma elfa pura ainda estava na adolescência e se importava pouco com as aulas, ou pelo menos era isso que demonstrava. Meu treinamento foi terminado aos 90 anos, me integrei ao Esquadrão de Magos e Feiticeiros, ou a Divisão Arcana. Galguei nos ranks da Divisão rapidamente, apreendi bastante e evolui.
Algusn anos mais tarde Ivie fugiu do palácio. Entramos em polvorosa, fui o ultimo a ter contato com ela. Ela tentou me levar junto, mas já tinha obrigações no palácio. Estava prestes a ser nomeado Conselheiro, o antigo Tharivol “Ancião Verde” estava para se aposentar. Não fui com ela, mas deixei que partisse. Ela precisa apreender sobre o mundo se quiser ser uma boa rainha.
Fui nomeado conselheiro um mês mais tarde. Participava de reuniões secretas e finalmente podia falar o que pensava. A Rainha Lia está orgulhosa de mim, e eu estou orgulhoso de mim mesmo. Realizei meu sonho, só falta uma coisa: achar meu pai.
Este ultimo desejo não pode ser realizado em meio aos muros do palácio, ou das fronteiras do reino. Em breve terei que sair de meu porto seguro, mas por hora ficarei aqui. Uma guerra se aproxima e não posso deixar meu reino desprotegido. Como fez Ivie.
Sinto saudades dela. Crescemos como irmãos, ela era minha confidente. Espero que esteja bem, que as bençãos de Obd-Hai caiam sobre ela.

Miro Greenshell, Conselheiro do Reino Élfico do Sul.

Baseado na obra de Julia C. - Diário Medieval

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Pitusha

Hey quem ai já teve um cachorro?
Aquele filhotinho fofo parecendo um bichinho de pelucia que dá um trabalho : não sabe aonde fazer as necessidas fazendo-as na sua cama(ou embaixo dela), na sala, no SEU banheiro e não no dele; achando que tudo é de morder desde seus ocúlos até paredes e pés de mesa, cadeiras, banquinhos ; fazendo do papel higienico picado decoração da salae ainda no final te olhando com os olhos brilhando como quem dissese"vem brincar comigo".Quem resiste?
Ai eles crescem, por que mesmo com dó nós temos que educá-los, e de bichinhosfofinhos viram bolas de pêlos( pelo menos a minha era), mas você acha que melhora? Que nada eles só aprotam com mais classe: entram no lixo saindo de lá( leia-se sendo arrancados) parecendo um rato de esgoto,aprendem a subir nas mesas e roubar comida direto da fonte e chegam na maestria de pegar um pirulito e deixar a mostra o papel e o palitinho(atestado issso já aconteceu); pegar meias limas ou sujas; pegar dinheiro( e eu juro que eles aprendem isso vendo Tv); entrar dentro de mochilas e pegar qualquer tipo de balas( até pastilhas pra gripe).Porém se essas cosias só aprontam e não tem mais o apelativo master de ser um filhote, porque cargas d'água nós continuamos com eles?
Por que o seu cachorro te ama incondicionalmente e você consegue sentir tal fato( a arte de se fazer entender com os olhos e ações), e olha que eles não falam, entretanto também não mentem, se gostam eles pulam em você, lambem, vão lhe recepcionar quando chega da rua ( mesmo que tenha saído por 5 minutos), dormem aconchegados a si, acordamos e a primeira visão são dele te fazendo compania( no meu caso quando a meu despertados tocava a minha me lambia até eu lenvantar e deitava no travesseiro), estão junto não importa que esteja fazendo uma tarefa díficil assistindo Tv ou chorando. O que importa pra ele é estar contigo e um pouquinho de atenção. Em quais outras circunstâncias iriamos encontrar algo assim? Algo tão inôcente ( claro, a não ser que tenha comida em mãos ai os pedidos tem segundas intenções) e leal.
Convivendo e os adorando cada dia é um dia e eles sempre encontram uma nova forma de nos fazer sorrir, fazendo parte da casa e da família.
E por família fazemos de um tudo, e por família sofremos com sua perda.Afinal cada ser é único e insubstituível . Isso me leva a pensar que toda vez que olhar pros buracos que ela fez eu vou lembrar, a cada foto vista eu vou sorrir, a cada recordação vou tentar não chorar, já que nada te prepara para a perda de seu mais fiel escudeiro.
A quem já teve a alegria de ter um cão...


"Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vagalume é um farol"

O Fogo de Camões – Uma adaptação contextualizada

Camões compara o amor ao fogo em sua bela poesia: Amor é fogo que arde sem se ver. Sem retirar do grande autor sua importância ,e parafraseando sua ideia, afirmo que a Amizade é como o Fogo.
Amizade. Comparo-a com o fogo inspirado pelo trecho da obra do grande poeta “que não seja eterno posto que é chama”.
Chamas. Difíceis de se prever, fáceis de se admirar e impressíveis os danos causados se descontroladas. A dança da chama de uma Amizade frívola é muito delicada, um passo errado e a chama se alastra, consome e apaga. Ao mesmo tempo que a chama de uma Amizade verdadeira cresce, se alastra, consome obstáculos, aquece corações e levanta seu portador.
Como pode, algo tão similar, ser tão diferente? São chamas, até mesmo as mesmas chamas. Entretanto, nunca são iguais, sempre mutáveis... Algumas se apagam com um simples sopro. Outras nem um oceano inteiro derramado faria algum dano.
Precipitações levam aos consumo da chama. Deve-se sempre carregar um termômetro, medir a temperatura, alguns galhos secos para alimentá-la e mais importante, sempre presumir que com o mais leve sopro a chama se apagará.
Chamas já se apagaram em minha vida, no entanto não lamento por elas. As que apagam realmente nunca deviam ter sequer existido. Me dedico aquelas que me aquecem, me encobrem, me fortalecem. Portanto cuidarei das minhas chamas, as que gosto, as que rio do brilho e que me envolvem em sua dança. Pois estas ,e somente estas, valem o esforço.
Obrigado Camões, por sua maravilhosa poesia.
E obrigado Chamas, por ainda não terem se apagado.

domingo, 5 de junho de 2011

Renovações

Boa tarde caros leitores! Quem lhes escreve é o Shiro. Gostarei de falar sobre os futuros projetos do blog, bem como a renovação do layout e nome.

Sobre o Layout: estava muito simples, e o blog é tudo menos simples. Sobre o nome: deixou de ser um simples momento, eram tantas sensações misturadas juntos que “momento” já não o descrevia de forma exata. Achei a palavra Vórtex mais adequada.

O Projeto Diário de um Sobrevivente está em hiatus, ou seja, suspenso por tempo indefinido. Infelizmente estou sem ideias para ele, embora ainda queira escrevê-lo. Talvez conversas com amigos, ou algum filme que eu veja, me inspire a continuar o projeto. Por enquanto, deixemos que o autor do Diário descanse.

O novo Projeto Estudo Analítico de uma Vida não será constante. Não tenho um feedback sobre ele, porém aviso que o autor dele é instável. Não adianta comentar, quando ele resolver escrever: escreverá. Todavia, afirmo que não é um texto único.

E o novíssimo projeto! O Império da Magia, um livro que escreverei. Breve teremos alguns capítulos postados por enquanto fiquem com um pequeno e incompleto resumo.


O Império da Magia.

Magia. Não importa a sua crença sobre ela. Ela existe. É um fato. Negado pela maioria da humanidade.
O que você faria, se descobrisse que magia existe? Eu lutei.

Estudo Analítico sobre Minha Vida – A Infância

Quem sou eu? Grandes e complicadas questões se atrelam a esta simples pergunta, pois o ser humano é tão complexo quanto as infinitas reações químicas recorrentes no universo. Não há uma só resposta, ma sim infinitas, de diversos tons, cores e sabores.
Seria mais fácil perguntar: Quem não sou eu? Esta resposta virá com facilidade no contexto. Afirmo que não sou o objeto de meu estudo, apenas alguém que cresceu com ele.
A série de estudos sobre a vida de Paulo Braga será infinita. Escrita por mim, Daniel Black, e revisada por ele mesmo, Paulo Braga. Por que este estudo? Pois creio que é preciso apreender com seu passado para poder seguir em frente com o futuro, então ajudarei meu companheiro de jornadas a revisar seu passado.
Antes do começo do estudo, uma pausa. Peço iluminação a Atena, deusa grega da sabedoria. Que eu não caia em clichês, contradições ou anacronismos.

Começaremos o estudo pelo começo. Pleonasmo e clichê fortíssimos logo na primeira frase, porém não a tornaram invalida. A Infância, todos temos memórias boas sobre ela, uma época sem preocupações, de inocência, carinho e hiperatividade. Foi um garoto grande, gordinho, quieto, simples, alegre, extremamente ligado a família e sem muitos amigos. Sente pouco saudades da infância, afirma que foi boa, mas que já esteve em dia melhores.

Vários acontecimentos marcaram nossa infância. Farei o estudo de alguns, os mais importantes com certeza. Começaremos com vida: o nascimento de minha irmã. Dizem que eu fui quem pediu por ela, já neguei tal fato, mas não nego mais. Foram nove meses de antecipação, três ou quatro dias de pura angustia e finalmente conheci-a. Estava conhecendo a loira de olhos verdes que me infernizará pelo resto da vida, mas vindo a pensar nisso não suprimo meu sorriso. Alguns problemas surgiram em nosso relacionamento nessa época, era uma criança sedenta de atenção e minha irmã – em meus pensamentos – estava roubando-a. Houveram atritos e desafetos, mas analisando a situação posso atribuir a culpa a um sentimento simples: ciumes. Fui, e ainda sou, um tolo.
Separações. Os votos matrimonias costumavam ser algo sagrado para muitos. Vivemos em uma época, porém, a qual om divórcio não só é considerado normal, como, em muitos casos, aconselhável. Meus pais se separaram quando tinha onze anos. Era criança, não tinha a malicia necessária para ver os sinais que se apresentavam em meu dia a dia. Outro clichê: foi em uma tarde de verão, nos reunimos na sala e eles contaram que iriam se separar. Lembro-me de chorar junto de minha irmã; foi naquele dia que fiz minha promessa. Todavia, a separação provou-se ser algo bom, a vida melhorou. Pior seria se tivessem ficado juntos já não se amando.

O ano perdido. Refiro-me a minha quinta série, atual sexto ano. Meus pais haviam acabado de se separar, ainda morava em uma casa enorme na minha cidade natal. Estava estudando no colégio Marista. Neste ano houve a realização de um sonho, tive uma cachorra. Era vira-lata, pequena, hiperativa como o dono, metade gato e espetada. Minha Vita. No ano seguinte tive que dá-la para minha avó, vendemos a casa e fomos morar em um apartamento pequeno mais no centro da cidade.

Sobre meus passatempos, hobbies e manias. Sempre assisti muita TV, meus pais sempre fora de casa e sem nada para fazer acabava ligando na famosa TV Globinho, ou na mais antiga FoxKids. Assitia sempre a Power Rangers, Digimon, Pokemon, Yu-Gi-Oh!, eram meus programas preferidos. Entre alguns outros que posso citar estão: Johnny Bravo, Dexter: O Menino Gênio e A Vaca e o Frango.
Outra mania: livros. Minha avó, leitora nata, que me ensinou a graciosa arte de ler. Muito melhor que as séries de TV ou qualquer outro programa. Ler um livro transporta-lhe para uma realidade alternativa que dura enquanto você quiser, não até o próximo comercial. Entre os mais lembrados estarão sempre Harry Potter, Deltora Quest, Artemis Fowl, Eragon, Cronicas do Mundo Emerso, Trilogia Bartimaeus, Trilogia Dragonlance e Cronicas de Nárnia. Sim todos de fantasia, o escapismo predominou em minha infância. A vida era entendiante em comparação com as vidas dos heróis dos livros.

Uma peculiaridade: meus óculos. Tenho um problema grave de visão, que não me permite enxergar com clareza. Uso óculos todos os dias, sempre. Era realmente chato quando eu era criança. Especialmente por causa do “tapão”, o qual eu usava em um olho para forçar o outro. Nem mencionarei as brincadeiras que isto me rendeu, já podem imaginar. Porém foi graças ao “tapão” que recuperei minha visão, antes 30% agora mais de 60%.
Cresci escutando músicas de qualidade. Agradeço todos os dias aos meus pais por isso. Em meio ao rock'n roll da minha mãe e a bossa nova do meu pai, nunca escutei sertanojo e derivados. Mais tarde me tornarei rockeiro de carteirinha, e apreciador de uma boa bossa nova. No mesmo paragrafo, para poupar-me espaço, sempre fui bom aluno, acho que vale comentar este fato.

Pois bem me despeço de você, leitor, até o próximo estudo!
Daniel Black


PS: No próximo estudo: a adolescência, dos doze aos dezesseis anos. Mudanças, desafios, perdas, descobertas e uma pitada ou duas e felicidade.

sábado, 4 de junho de 2011

Desabafos da Madrugada - Vazio

Sou um alienado, admito o fato vergonhoso em minha vida. Alienado por opção, tornando a vergonha não só completa como profunda. Falta-me interesse pelos fatos, pelas noticias, pelas ciências e pelas tecnologias.
Não tenho mais sentimentos, eles estão distantes esquecidos em uma época distante. Uso mascarás todos os dias para enganar a tudo e todos. Não sou tonto, somente alienado, sei que quem mais tento enganar é a mim.
Sinto um vazio. Um vazio completo em meu peito. Tanto a fazer, tanto a ver, a produzir e nenhuma vontade cresce em meu peito. O simples esforço para digitar essas simples palavras me é termendo.
Quero facilidade, porem já aceitei que a vida não é fácil. A aceitação me trouxe um vazio maior, está tudo pronto, só são necessárias minhas ações.
Tenho um molde, pronto, formulado, estereotipado com meu nome gravado. Quero quebrar este molde, mas me contenho. Destruirá o delicado balanço que é minha vida, a minha mesmice, o meu vazio.
Sinto-me morto por dentro. Preciso de um sopro de vida, de motivação. Não sua, caro leitor, mas meu. Vindo de mim e para mim.
Preciso de algo...
Preciso de vida.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Seis

Sentirei falta da casa, dos amigos, do cachorro, da comida, das ruas e do calor. Sentirei saudade de tudo, pois tudo isso sempre foi meu e sempre sera meu. Meus sentimentos e pensamentos. Sentirei falta principalmente dos cinco, que comigo formam seis. Começamos devagar, saímos um ou duas vezes, conversamos levianamente, nem nos cumprimentava-nos. Mas alguma coisa deu errado no caminho da mesmice e nos tornamos mais do que colegas, mais do que parceiros, tornamos nos amigos. Não lembro quando, onde nem como foi, mas antes que pudêssemos impedir ou analisar havíamos sido unidos pela amizade. E as poucos ela foi crescendo, fazíamos coisas juntos, víamos os mesmo filme e seriados, gostávamos das mesmas coisas, brigávamos pelos motivos e íamos aos mesmos lugares. Planejamos viagens, imaginamos um mundo pós apocalíptico, nos transformamos em guerreiros medievais, passamos de ano e amamos.
E agora, neste ano é hora de fazer algo difícil. É hora dos seis se separarem. Passamos no vestibular, bem eu quase, e é hora de olhar para o futuro com uma nova cabeça. É hora de pensar na casa própria, no carro, na noiva, no noivo, no filho e em tudo aquilo que uma vida adulta significa. As responsabilidades já batendo a porta e a inocência da juventude dando um longo abraço de despedida.
Enfrentaremos o mundo, com a cabeça erguida e ,como uma sábia amiga disse, ao som dos grilos. Portanto gostaria de lhes agradecer, e talvez o sentimento possa ser reciproco, por alguns dos melhores anos da minha vida. Não tenho o dom da visão e por isso não posso dizer o que vai acontecer daqui para frente, mas tenho o dom de acreditar e acredito que continuaremos sendo ,assim como somos hoje, amigos.

Dedico esse texto aos cinco: A Julia, A Natasha, O Fernando, O Lucas e O Augusto.
Embora a turma só tenha aumentado, e passamos da “Escadinha” para outros lugares, sempre serão
Os Seis que formam meu nucelo.



P.S.: Texto velho que resolvi postar pois ainda acredito nas mesma coisa.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Crônica da Gentileza

Texto dedicado a Haru

Sentada no ponto de ônibus numa rotina imposta e decepcionante, e olhando vagamente para a paisagem meio desfocada, sinto meu peito vazio. É estranho perceber isso e notar, que a nem tanto tempo atrás eu estava sorrindo mas sabia que isso poderia acontecer. Se você está lendo e achando tá " mais uma adolescente putz revolts coma vida" tenho motivos vamos a lista :
-Vida amorosa -Fail( [ex]namorado em outro estado)
-Amigos-Fail( melhor amigo em outra cidade/outros amigos em outra cidade/melhor amiga em um estado não muito melhor que o seu)
-Família -Em mudanças( o que faz você ter que se dividir em mil)
-Profissão - FAIL( não passar no vestibular,depois de se esforçar realmente)
Pra quem não não está entendo muito para passar no vestibular de uma faculdade pública tem que se esforçar muito( oque da fato eu fiz, mas pareceu não ser o suficiente), e acabei sendo pressionada a fazer uma particular( isso quase sendo considerado uma derrota).
Assim me sentindo o último dos seres e me sentindo mal por isso- Tá isso ficou complexo né?-a questão é praticamente 10% da população brasileira tem acesso a ensino superior e eu estava tendo a oportunidade de estar nesse percentual,porém não no que eu desejava( Já no meu 3° colegial eu sempre ouvia palavras como "quem estuda de verdade, passa"/" A recompensa virá, aquarde") Então resumindo a complicação estava me sentindo mal, por estar num lugar aonde muita gente desejava estar e não tem condições,e me sentir uma derrotada que não quer estar lá.
Ai ouvi comentários como '' Você está numa faculdade deixa de frescuras” Mas era meu sonhos entrar em uma das faculdades em eu havia escolhido e lutado com afinco para isso, como não me sentiria derrotada depois de alcançar minha meta? Um professor de literatura que tive falava “ Nunca mecha com o sonho de alguém” É um fato os sonhos de uma pessoas são o que as fazem ir para frente e melhorar, pude não ter entrado entretando nunca imaginei que pudesse me empenhar tanto nos estudos como no meu 3° colegial.
Assim mesmo sabendo que sempre existe a chance de se reprovar eu acreditava naqueles ditos “ De que você será recompensado pelo seu esforço”, então comuma grande decepcião e sem nada para me apoiar pra ainda achar esperanças de que o mundo pode ser bom ( Vide lista de Fails acima), entrando no ônibus para me sentir sulfocada e vaga de novo na faculdade, procuro um lugar para sentar e vendo que não tinha lugar já estava para ficar de pé quando algo aconteceu :
Uma senhora já idosa com deficiência na perna sentada no banco para idosos se levantou para que eu pudesse me sentar ao seu lado. Fiquei simplesmente embasbacada, uma estranha que nunca tinha te visto ser tão gentil sendo ela bem mais necessitada do que você, foi realmente sem palavras. O percuso não tão longo ainda impressiona terminou e a senhora novamente se levantou e me deu passagem eu lhe segurei a mão antes de sair e desejei que ela ficasse com deus. Ainda me vem lacrimas com isso, pois pode parecer bobo mais foi isso que me fez perceber que está sendo idiota em perder a fé no mundo. Por que se até uma completa estranha pode ser gentil comigo, eu ainda posso ser feliz. Uma daquelas epifânias a lá Clarisse Lispector conta.
Alguns que leram devem estra me achando exagerada mas será que esses já se sentiram como que tendo chegado até o fim do poço descobrir que ainda tem um alçapão com passagem para baixo? Com quase ninguém paar te apoiar e os ques estão, não te levando a sério? E com uma grande decepção e um enorme vazio no peito? É difícil ter fé, mas aquela senhora sem nome de extrema gentileza e com atos tão simples me fez ver que mesmo que a luz seja de um vagalume ainda há luz.Na hora desejei que ela encontrasse a felicidade e toda vez que penso nela desejo que ela seja feliz, por que ela realmente me ajudou.
“Gentileza gera Gentileza” já dizia o poeta gentileza de São Paulo. A campanha dos 'abraços grátis' mandava essa mensagem que pequenos gestos podem ajudar uma pessoa como um abraço, mas também não só isso. E se você for muito tímido para sair abrançando os outros, abra a porta para alguém que está vindo abarrotado de coisas, dê Bom Dia, ofereça ajuda para carregar peso em escadas, gentilezas diárias a estranhos.
Isso me aconteceu a algum tempo, e hoje acabei conseguindo entrar mesmo que tardiamente na universidade em que queria, descobri que amigos longe não são o fim do mundo, que ter um ex-namorado não me arrancar o coração, que família é sempre família ela só se adapta as mudanças, mas para ver isso eu precisava ter alguma fé.
Por isso lanço essa proposta aos leitores deste texto “ Gentileza com estranho/ou nem tão estranhos assim”
Aos que me acharam melodrámatica ainda procuram seguir a proposta, aos que já se sentiram ou se sentem desse jeito que procurem ver e praticar esses atos bom.



“ Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vaga-lume é um farol”

quarta-feira, 16 de março de 2011

Doce Destino


Ironia. Oh!Doce ironia
Porque se voltas contra mim?
Porque insiste em reger a minha vida?
Me faz enxergastes em cada palavra escrita;
nos nasceres do sol vistos
Gestos trocados e palavras ditas
Fiz muito mal em usufruir de ti em minhas palavras, por usar seu requinte sem moderação?
Ou porque a juntei a seu irmão cinismo
Desculpe-me por abusar de ti,mas não saberia me expressar bem sem usá-la
Não conseguiria ser tão verdadeira, sem ser tão irônica
Será isso?
Para minha vida ser verdadeira terás de ser irônica como minhas palavras?
Então rogo-te poderias deixar minha vida sem eu deixar a sua?
Pelo menos temporariamente; assim peço verdadeiramente e sem usá-la
Não serás eterno, pois não conseguiria viver sem ti por muito tempo
Porém,por enquanto, somente por enquanto
Retire-se
“Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vaga-lume é um farol”

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Diário de um Sobrevivente

Dia 43

Desculpem-me pelas paginas molhadas e danificadas... Cheguei a Ribeirão. Fui até a casa... Não deveria ter feito isso. As lembranças de um passado distante me assolam... Lembranças de todos... Droga! Maldito cisco em meu olho... (trecho com um risco) MALDIÇÃO!!!!!!!!! NÃO NÃO NÃO! ELAS ESTAVAM EM OUTRO LUGAR! POR QUE?!!! Dos corpos escorre o sangue, o sangue se junta com minhas lagrimas... Minha família está morta...

O buraco em suas cabeças é recente...

Dia78

Perdão. Fiquei muito tempo sem escrever algo útil... Mas a dor me impedia de escrever qualquer coisa sem ser poemas sobre morte e solidão. E não vou colocá-los aqui, não é o lugar deles. Devo contar o motivo por ter voltado a escrever, captei transmissões...

Lucas.

Dia 74

Combinamos um ponto de encontro... Ele tem varias pessoas em seu comboio... Parece promissor, mas me avisou que somente ele era um Sobrevivente, o resto eram Sacos de Carne. Sacos de Carne são as pessoas que não tem utilidade nenhuma em uma batalha, só estão ali para fazer companhia... Gargalhei quando ouvi isso, tipico dele... O que os sacos não sabem é que eles são importantes... Lucas percebeu o começo da loucura pelo rádio, imagino quando nos encontrarmos. Maldita faculdade de Psicologia. Aqui vale ressaltar algo, que os Sacos não sabem.

Eles nos mantém sãos. 


N/A: Edição dupla galera! Dedicada ao Lucas! =P 

Diário de um Sobrevivente

Dia 26

Continuo no posto, esperando por ela. Ela não chega, tenho que ir. Fui um tolo. Ontem já apareceram dez infectados. Precisava descontar a frustração em algo e eles foram perfeitos. De todos os atrasos dela esse foi o pior. Fui um tolo.

Ela não virá.

Dia 33

Estou indo de volta para São Paulo... Talvez passe em Indaiatuba para recarregar, embora não precise. Ainda estou com o coração apertado. Não recebi nenhuma transmissão da Natasha desde aquele dia... Droga! Se era para morrer que morresse em silencio não me dando falsas esperanças!!
Maldita! Tenho que me controlar, acabei de dar doze tiros em uma arvore qualquer na beira da estrada... Desperdiçar munição é letal... Queria achar alguém... Qualquer um, até mesmo um desconhecido é melhor do que essa solidão...

Maldita...

Dia 42

Meus suprimentos estão a níveis invejáveis pela primeira vez em cinco meses. Indaiatuba continuava ao mesmo ovo de antes. Nem muitos infectados haviam lá... Próxima parada é Ribeirão Preto, minha cidade natal. Quero ver uma certa casa uma ultima vez...

Rua Heithor Chiarello, 676...

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

E se os sonhos falham?

O que se faz quando se percebe que todos os seus sonhos e planos não realizaram?
Chora?
Desespera?
Grita?
Por um instante, por um ínfimo instante, sim.
Por perceber que seu trabalho foi em vão … Mas
Quando isso acontece e mesmo assim ainda tem pessoas nada a ver com o seu sangue te ligar chorando triste por você, sem ter obrigação nenhuma, se importam com você. Essas pessoas que chamamos de amigos. E esse grupo seleto de pessoas que fazem cookies com você; bebem com você ( combinam de embebedar outros); estressam junto por causa de provas, vestibular junto; criam apelidos e nunca te deixam esquecer quando se pediu pizza de brócolis com catupiry feita especialmente( e com prazer) pelo chefe; por todas as comidas que se tem que impedir de comer para sua amiga não morrer de alergia; de todos os gritos pelo corredor( wee); de assistir aulas juntos -mesmo que não sejam da mesma sala; de inventar histórias algumas com noção – Apocalipse zumbi -outras nem tanto- como a dominação mundial do mundo pelos salgados de frango- tá nenhuma delas tem noção mas as risadas proporcionadas são extremamente reais.
Pelos filmes vistos em bando, pela algazarra feita, pelas torcidas a favor em provas, pelas lágrimas derramas sobre os problemas, pelas mudanças ocorridas, e por um baile de formatura perfeito.
Por essas lembranças imperfeitas que me fazem feliz que eu me recuso a dizer que isso acabou e que esse sentimento e esses laços se romperam com facilidade.
Se os xingamentos, as brincadeiras de mau gosto, a convivência, as brigas, os copos de água, um pouco de falta de comunicação, nossas tristezas e problemas não nos afastaram, não será a distância a fazê-lo. Só se alguém desistir disso, eu não uma dessas pessoas, se sigo em frente diante a dúvida e a extrema decepção por quê não poderia levar amizades a diante?
Aos que sabem ser citados nesse texto não desistam de manter essas amizades em sua vida.
"Para que está no fundo do poço, na escuridão total, um vagalume é um farol"

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Diário de um Sobrevivente

Dia 9

Sai de Divinópolis há alguns dias. Estou na estrada tentando achar Lucas. Meu rádio está sempre ligado, mas não capto nenhuma transmissão. Ainda bem que não alimentei muitas esperanças... Outro dia estava em um mercado, reabastecendo meus suprimentos, achei que tinha fechado todas as saídas... Deixei uma aberta, os infectados me encontraram, dez deles. Escapei por pouco, acho que estou perdendo o jeito... Um deles era uma garotinha deveria ter somente uns dez anos... Loira e os olhos verdes. Ela estava no caminho.

Explodi seu cranio com a 12

Dia 13
Malditos suprimentos! Sempre acabam! Veja bem, estou sozinho e meu Camaro não consome tanto combustível assim. De qualquer jeito parei em uma cidadezinha antes de São Paulo. Estou evitando a capital por motivos óbvios (Sou um bom sobrevivente, não a Alice). Consegui alimentos, gasolina e água por um bom tempo. Outra boa noticia: consegui falar com a Natasha. Não sabia que ela ainda estava viva, combinamos de nos encontrar na Rodovia Tamoios, no ultimo posto antes da decida de Serra do Mar em sete dias.

Não consigo reprimir minha felicidade dessa vez.

Dia 16

Cheguei no local combinado. Ela deve chegar aqui em dois ou tres dias. A area é boa. O posto tinha alguns Infectados mas consegui me livrar de todos, ainda bem que tenho minha katana ou poderia ter ficado sem balas. Não sei para onde iremos quando nos encontrarmos, só rezo para que seja logo. Não me preocupo com infectados nessa parte do estado, mas é melhor não arriscarmos e ficarmos aqui por muito tempo: eles sempre aparecem. Fortifiquei o posto, ele está pronto para eu relaxar até que Nat chegue.

Pela primeira vez em três anos tenho esperanças.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Por que eu acredito!

RW: Sobre as coisas: Amizade - http://really-insane.blogspot.com

Quer saber? Vá a merda! Quem já não teve essa frase na ponta da língua? Que atire a primeira pedra! Os pessimistas tentando fazer todos verem o pior lado das coisas. Os realistas com sua mania de falarem: estou sendo realista; quando na verdade não passam de pessimistas com bons argumentos. Os otimistas irritantes até o toba! Porra! Não existe um meio termo? É tudo absoluto? Não acredito! Não acredito pelo simples fato de não terem me provado o contrario ainda! Já me disseram que não adianta tentar, que é triste mas é a vida, pois quer saber? Vai tomar no cu! A vida é minha! Guarde as suas opiniões para si mesmo ou dê-as para alguém que as valorize. Outro dia uma boa senhora me disse a seguinte frase: O triste só é que vocês vão se separar. Meu... Quase mandei ela para lá! Todos dizem que vai acabar... Que vamos nos separar... Eu digo que não.
Por que eu acredito! Em magia. Em um apocalipse zumbi. Em Gaia. Em Anjos e Demônios. Em mim. E por final e mais importante: eu acredito em nossos laços!

Portanto caros dedicados. O próximo que lhe dizer: que pena que vocês se separaram. Ponha o sorriso mais falso, ou mais verdadeiro, e grite para ser ouvido: não, só estamos em lugares diferentes.


A vocês.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Diário de um Sobrevivente

Dia 1

Caro leitor. Comecei a escrever um diário pois não acho saudável continuar a esquecer o que fiz e ,segundo um amigo, me ajudara a sobreviver os dias de hoje. Começarei com uma breve introdução sobre o como mundo se encontra. O mundo está morto. Um vírus transmitido pelo contato com os fluidos do infectado varreu a face da Terra. Alguns diziam ser o Apocalipse, outros afirmavam que ET tinham vindo reivindicar o planeta, ainda há aqueles que acham que o Aquecimento Solar soltou tal vírus; particularmente acredito que a Umbrella Corporantion exista e tenha feito cagada. O fato é: todo mundo morreu. O problema foi... Que eles não permaneceram mortos.

Os vírus animou seus corpos. O único instinto que os Infectados (que é como os chamam) tem é o de se alimentar de DNA humano fresco. Os animais não foram tocados e a natureza reclamou de volta sua terra. Os poucos sobreviventes que restaram estão por ai, espalhados e tentando encontrar um lugar seguro.

Eu não acredito que tal lugar exista.


Dia 3

Estou em Limeira, uma cidade perto de Ribeirão Preto. Não vou me demorar muito nela, captei uma transmissão de rádio enquanto estava indo para Mina Gerais. Sobreviventes, um bom numero deles, estavam escondidos na penitenciaria. Fazia sentido... Fui até lá para checar... Encontrei portas arrebentadas e suprimentos escassos. Eles foram tranformados... Encontrei também algumas armas e munição: ótimo, estava precisando recarregar. Sai da cidade o mais rápido possível, um numero pequeno, porem ameaçador, de infectados já me perseguia. Sai de lá ileso.

Mas com o coração pesado.

Dia 6

Cheguei em Minas, estou em Divinópolis. Esperava encontrar um amigo, quando fui até a casa dele encontrei um bilhete: Saímos da cidade, ela não é segura. Estamos na estrada, ajuda é bem-vinda. Tipico dele e com sua letra também, reprimo meu sentimento de felicidade e esperança. Não preciso deles por enquanto. Dois infectados arrombaram a porta, não pisquei, dois tiros e os corpos estavam no chão. Parece que os filmes estavam certos: destruir o cérebro deles realmente os paralisa. O lema de todo sobrevivente é a famosa frase de Leon S Kennedy.

Shoot them in the head.

Aos Outros



Dizem que a decepção e a tristeza tem um gosto amargo na boca, discordo, para mim elas têm um gosto suave e salgado. Este vindo da lágrimas que chegam aos meus lábios.
Porém o que ousa decepcionar um lutador?
Serão suas quedas ou seus amores?Acho que não, esses teriam gosto de desespero, mas o que então?
Alguém já ouviu falar de hipocrisia?
É, aposto que já, aos que a desconhecem apresento uma versão do dicionário : “ Vício que consiste em aparentar uma virtude, um sentimento que não se tem.
Fingimento, falsidade.”
Entretanto isso decepcionaria o lutador? Já que aos acostumados a essa vida sabem : todos vestem máscaras para serem o que não são.
Então o que?
A hipocrisia de que 'os outros' são 'os outros' quando se é gay, quando se descobre doente, quando há mortes inesperadas,quando as pessoas tem que se mudar, engraçado se 'os outros' tem um gênio na família, se ganha na loteria, ou abre uma empresa, 'os outros' agora são um espelho a ser refletido e não mas 'outros'.
Estranho, né? Não, só hipócrita mesmo.
E o lutador cansado de o ser simplesmente segue o jogo sorrindo e acenando, hipocritamente também, pois sua vontade era de gritar a falsidade que tanto o decepciona.
Já ouvi falar que uma das maiores virtudes é saber sorrir quando na verdade se tem vontade de chorar. Será mesmo?
"Para quem está no fundo do poço , na escuridão total, um vagalume é um farol"

domingo, 23 de janeiro de 2011

Back at Wonderland


Lá no Pais das Maravilhas está tudo calmo... Reino soberano ao lado de minha Rainha... Pessoas são apagadas com um simples gesto, rotas são alteradas com um pensamento, passados apagados ao luxo e futuros magníficos sempre nos aguardam.
Lá no Pais das Maravilhas batalho ao lado de meus amigos e irmãos, venço guerras atrás de guerras, tiranos são depostos, há sempre um final feliz.
Lá no Pais das Maravilhas magia existe e se faz presente, anjos e demônios ainda lutam e vampiros e lycans custam a se ajustar.
Lá no País das Maravilhas é tudo prefeito...
Mas e fora do meu País das Maravilhas? Será que é tudo assim?
Não. Nem tudo é perfeito... Então me vejo correndo cada vez mais para dentro do reino.
Me assusto com os monstros reais... Os vestibulares, mudanças e amigos que somem...
Então corro para meu Pais das Maravilhas... Me afogo em ilusões...
Mas essas ilusões não são mais o suficiente...
E enquanto espero pelos grandes momentos da minha vida vou lentamente deixando meu País...
Escrevendo seus histórias de heróis, vilões, guerras, amores e amizade.
Enquanto ouço meu Chapeleiro Maluco, delirando sobre as grandes questões do mundo...
Sorrio como o Gato, que lança-me seu sorriso macabro...
E volto-me para o mundo.
É hora de construir meu novo País das Maravilhas.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Descoberta do Tempo




Dizer adeus, uma atitude que pode nos fazer notar que o tempo passa. Sim é clichê falar do tempo, mas quando percebemos isso na nossa vida é assustador, mesmo que seja tão simplório.
Dizer Adeus a uma escola, a uma casa, aos amigos, a um amor,
a uma vida inteira que muda é realmente apavorante.
Quando eu me dei conta disso, senti um desespero uma vontade de agarrar todas aquelas lembranças que pareciam escorrer entre meus dedos.
Depois veio a tristeza, lágrimas teimosas que não queriam parar.
E finalmente a saudade, palavra brasileira que significa muito mais do apenas sentir falta, essa que quando a sinto o coração doí e se aperta.
Refletindo nessa dor a procura de meu vaga-lume, noto o obvio novamente só se sente saudade do que foi bom, e essa é a prova de que o tempo passado não foi em vão e valeu a pena.
Por mais que se tenham havido problemas sem aparente solução, a saudade mostra que teve algum sentido.
Então quero a manter como algo bom, para me lembrar disso,entretanto essa é outra luta diária para não sucumbir as lágrimas e lamentar tal saudade, que vem do adeus.
Por que esse adeus é um novo e inexplorado começo, que traz consigo o pavor do futuro e a dor do passado. Difícil? Complicado? Pode ser, mas é só a vida e seus ciclos em todo sua complexidade.
Assim com um vaga-lume por perto , uma caixa na mãos e ao som de grilos,
simplesmente sigo em frente e ao nascer de cada dia volto as minhas lutas diárias.


N/A: Texto dedicado a todos que encheram minha caixa, e a uma casa na rua Heitor Chiarelo 676 que também faz parte de minhas lembranças.
Feliz Ano Novo leitores!
Ps: Quem não entendeu alguma parte do textos deve ler os outros desse blog pela inter textualização que faço com eles.

"Para quem está no fundo do poço, na escuridão total, um vagalume é um farol"